Vivemos uma era das trevas, na qual o discurso de ódio, o apelo ao preconceito e à toda espécie de violência são predominantes no Brasil atualmente.
Mas os pobres, aqueles que mais sofrem a violência, seja no dia a dia, com falta de condições mínimas de dignidade, ou a violência institucional, sofre com o preconceito por ser pobre.
Todo mundo já viu ou ouviu o discurso de um sujeito que se diz letrado, geralmente bem de vida e diz que é contra programas sociais de transferência de renda, como o bolsa família, porque o pobre, quando recebe o dinheiro vai para o bar, vai tomar cachaça e gasta o dinheiro com coisas desnecessárias. Aí vem a cretinice de dizer que “se deve ensinar a pescar e não dar o peixe”.
Para esse gente, o pobre não sabe usar dinheiro, mesmo que esteja morrendo de fome. Ele vai é tomar cachaça. É de uma crueldade, um preconceito contra os pobres tão desumano que é até difícil de acreditar.
O próprio Bolsonaro demonizava o Bolsa Família, afirmando que os programas sociais serviriam apenas para estimular o pobre a não trabalhar. Agora, ele virou bonzinho para tentar se reeleger. Tratando mais uma vez o pobre, como um nada.
Em outubro de 2021, o próprio Bolsonaro disse, na Tv Manaus, do Amazonas, que “o pessoal que recebe o bolsa família não sabe fazer quase nada”.
O preconceito e raiva dos pobres.
Quando os institutos de pesquisa mostram a vantagem avassaladora de Lula sobre Bolsonaro no Nordeste, mais uma vez o discurso de ódio e preconceito vem à tona: “os pobres não sabem votar e por isso votam em Lula”.
O ódio, o preconceito, a raiva contra os pobres.
Foto Capa: Parlamento Piauí