É de conhecimento de todo o Brasil a grande humilhação que o ex-juiz Sérgio Moro sofreu do quase ex-presidente Jair Bolsonaro. Primeiro, o ex-juiz pediu exoneração do cargo de juiz federal no Paraná para assumir o ministério da justiça de Bolsonaro, como forma de recompensa por ter impedido a candidatura em 2018 do hoje presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao abandonar a justiça federal, o ex-juiz Moro sonhava ser ministro do Supremo Tribunal Federal. Ao ser demitido pelo presidente Jair Bolsonaro, prestou depoimento na polícia federal denunciando que Bolsonaro interferia de forma criminosa na PF para proteger parentes e amigos.
Ficaram inimigos.
Eis que após se eleger senador pelo Paraná, Sérgio Moro, no 2º turno da eleição presidencial, declarou apoio a Bolsonaro e serviu de assessor do presidente nos debates. Chamou atenção de todo o país, pois Moro já eleito senador não precisaria se humilhar a Bolsonaro. No entanto, havia muito mais sujeira a ser revelada.
O blog ouviu, com exclusividade e sob o compromisso de absoluto anonimato, uma fonte próxima do núcleo de campanha de reeleição de Bolsonaro, que revelou o acordo do ex-juiz Moro com Bolsonaro.
Apesar de se eleger senador pelo estado do Paraná, Sérgio Moro ainda está com sua candidatura sub judici e quem dará a palavra final, se mantém ou não a eleição do ex-juiz, é o Superior Tribunal Eleitoral, TSE. Dizem os especialistas que a possibilidade de o TSE cassar a eleição de senador de Moro é muito grande. Segundo a fonte, temendo o pior, Moro procurou Bolsonaro e propôs apoiá-lo e, em caso de reeleição do presidente, este lhe concederia uma espécie de anistia em caso de sua cassação se confirmar pelo TSE.
O processo contra Moro foi movido pela Federação de partidos PT/PV/PCdoB, que alega que o ex-juiz não possui filiação partidária e domicílio eleitoral regulares no Paraná e o processo de cassação de Moro no TSE pode ser julgado antes da posse, em fevereiro de 2023.
A anistia passaria pelo apoio da bancada de apoio de Bolsonaro que, se fosse reeleito, teria poderes quase imperiais no congresso e poderia alterar a lei eleitoral facilmente para conceder anistia a Sérgio Moro em caso de cassação no TSE. Segundo a fonte comentou: “não existe almoço e muito menos apoio grátis. Moro apoiou Bolsonaro querendo ser recompensado como foi em 2018”.
Mas como o presidente eleito foi Lula, mais uma vez os planos de Sérgio Moro podem ir pelo ralo.