A expectativa de políticos ligados ao novo presidente eleito, Luís Inácio Lula (PT), é de que a chamada PEC da Transição, proposta que visa autorizar o novo governo a extrapolar o teto de gastos públicos, seja aprovada amanhã (16),medida necessária para o acréscimo do financiamento social através do programa Bolsa Família prometido em campanha pelo petista.
Segundo o senador Randolfe Rodrigues (REDE), a proposta seria apresentada após o feriado de Proclamação da República para dar tempo aos líderes de partido. A principal promessa de campanha do presidente é o pagamento de R$ 600;00 através do Bolsa Família mais o acréscimo de R$ 150,00 por filho.
A expectativa também é de que a PEC seja aprovada antes do recesso parlamentar, que se inicia no dia 17 de dezembro.
“Estou apresentando o cenário ideal. Existem as contingências, que serão resolvidas. Não acredito que não exista sensibilidade de colegas parlamentares quererem impedir 19 milhões de brasileiros de receberem R$ 600 por mês, sendo que esses brasileiros estão passando fome hoje”, afirmou Randolfe (Foto Capa).
O relator geral do orçamento, senador Marcelo Castro (MDB), avalia que a PEC deve passar sem problemas pelo congresso e de forma unânime, devido a popularidade do projeto. “Você imagine um representante do povo, um deputado ou senador, votar para tirar R$ 200 das pessoas que estão recebendo R$ 600. Alguém teria o coração duro, de pedra, para não aprovar essa PEC?”, questionou após uma reunião junto ao coordenador do gabinete de transição, o vice-presidente eleito Geraldo Alkmin (PSB).