Situada no leste maranhense, a quarta maior cidade do Maranhão, Timon, nos últimos anos parecia estar de fato centrada em seu desenvolvimento e crescimento econômico pareado com avanços da sua organização que partiam de dentro da visão administrativa que conduzia a cidade. Pois bem, os reflexos desse recente crescimento inclusive político em termos de amadurecimento foi visto em concretos investimentos que geram valor econômico no município.
A cidade conseguiu se desmembrar da visão ‘interioresca’ que alguns vizinhos da capital piauiense tinham e passou ser vitrine ao atrair investimentos do setor industrial em seu organizado polo industrial como também grandes empresas do comércio varejista e até mesmo um grande Shopping Center.
O grupo político que conseguiu demonstrar essa visão moderna foi o grupo Leitoa. Luciano à frente do comando da prefeitura, Rafael (primo de Luciano) líder do governo no estado e alguns outros fortes aliados conseguiam somar forças para somar esse projeto que parecia ser uma receita de sucesso, visto o que era a cidade, o projeto era invejável e vitrine pro estado de como conseguiram mudar a ”cara” de uma cidade. De repente a cidade parecia mais limpa e organização de governo, a sólida receita que empresário exige na cartilha de mínimo. Tudo parecia ir bem, até que…
As últimas eleições parece ter sido a faísca para a gasolina que estava derramada, de repente, o grupo vitorioso estava partido ao meio logo que o processo eleitoral de 2020 acabou. Em 2020 a professora e aliada de confiança do ex-prefeito Luciano, Dinair Veloso, foi eleita com pouquíssimos votos de diferença. Logo que precisou da primeira grande mobilização do grupo pós eleições teve o seu primeiro fracasso que marcaria dali em diante por no mínimo dois anos sua administração, a perca da presidência da Câmara. Logo surgiram os rumores de corpo mole do primo de Luciano nas eleições da Câmara (Dep.Rafael), que segundo essas conversas, teria influenciado na eleição para presidir a casa o vereador Uilma Resende, este, que também estava mirando em novos rumos políticos.
Pois bem, agora de um lado está Luciano Leitoa coma sucessora eleita, Dinair Veloso, do outro, Rafael, com mandato de deputado em mãos e com a visão de que estava pronto pra construir seu próprio grupo político. Com Rafael marchou o o então presidente da Câmara, Uilma.
De lá para cá não foram poucas as vezes que a Câmara viu impasses que refletiram diretamente em fracassos nos planos da administração. O primeiro caso que aconteceu logo no começo do ano de 2021 e que este redator presenciou, foi a indicação de comando da AGERT. O Governo Municipal mandou para Câmara a indicação do nome que comandaria a Agência Reguladora, na época o escolhido era o então secretário municipal de segurança, Júnior Bacelar, mas que não se concretizou pois não foi aprovado na Casa Legislativa e o prazo foi perdido. Por fim e para não me estender demais, o ano de 2021 foi encerrado da pior maneira possível em termos administrativos. A prefeitura que certamente enfrenta dificuldades, assim como outras desse Brasil, encerrou o ano sem a previsão de gasto e orçamento aprovado pela Câmara, e pior! Com o povo assistindo de casa um verdadeiro espetáculo de ataques e contra-ataques do governo e oposição. O secretário de administração, Saney Sampaio, foi parar na Câmara nessa semana e disse que tem vereador querendo dinheiro pra que passe a LOA. Do outro lado, vereadores que rebatem e pedem o nome do tal vereador.
A cidade parece viver um ‘inferno astral’ em sua administração. Conflitos políticos pessoais de interesse eleitoreiro e cercados de muita vaidade podem atrapalhar o andar que parecia ser orgânico no município. Afinal, há como investir de olhos fechados em uma cidade que tem a classe política nesse tom ?