Na sessão da Câmara Municipal de Matões do último dia 14, a vereadora Dayane Coutinho usou a tribuna para fazer elogios à sua madrinha política e para atacar a atual direção do Hospital Macrorregional de Caxias. A parlamentar acusou o diretor geral de absenteísmo e tráfico de influência, além de afirmar que a cidade de Caxias está sendo privilegiada em detrimento dos demais municípios da região leste.
Segundo Dayane, a quantidade de vagas de internação e o número de exames oferecidos ao município de Matões não atende a necessidade. É importante lembrar a vereadora que os quantitativos de exames, cirurgias, vagas de internação são pactuados em reuniões dos gestores de saúde da região. Cada município tem sua cota e a única coisa que mudou na nova gestão foi justamente o cumprimento da cota de cada município, já que até bem pouco tempo o município de Matões era o verdadeiro privilegiado.
Outra reclamação da parlamentar foi a interdição de alguns leitos do Hospital Macrorregional de Caxias. Segundo ela, por falta de gestão.
Por ironia do destino, no último sábado (16/12), uma paciente deu entrada no Hospital Municipal de Matões com quadro de insuficiência respiratória. Foi então solicitada transferência para o Hospital Macrorregional de Caxias e, curiosamente, o motivo da transferência foi a falta materiais para intubação e indisponibilidade de exame de raio X no Hospital Divino Espírito Santo.
A liberação do leito aconteceu nas primeiras horas do domingo (17/12) e a paciente foi admitida no hospital macrorregional de Caxias, onde recebeu assistência digna e realizou os procedimentos e exames que necessitava.

Diante dos fatos, fica muito fácil identificar onde está faltando gestão e quem são os omissos. A tribuna da Câmara de Matões deveria ser novamente usada para que as explicações fossem dadas. A verdade sempre prevalece. Dor de cotovelo e abstinência, de poder, às vezes levam o político a crer nas próprias falácias.