A imposição do senador Weverton Rocha (PDT-MA) em ser candidato a governador do Maranhão a qualquer custo pode sangrar um partido que já foi forte no estado e que já elegeu governador. Entenda:
Weverton tem sofrido grandes perdas, partidos, políticos, lideranças, inclusive potenciais candidatos que poderiam filiar-se ao seu partido, o PDT, e garantir mais votos para conseguir mais cadeiras na ALEMA. Um dos que devem deixar o senador à deriva em breve é o presidente da ALEMA, deputado Othelino Neto (PCdoB). Era aguardado que o deputado assinasse a filiação no partidodo senador, o que deveria garantir um peso e tanto para Weverton em sua possível campanha, como também para pretendentes a uma cadeira na Assembleia filiados no partido. Othelino não assinou e tudo indica que ficará no PCdoB, e pior! pode deixar de vez a pré-campanha do senador que caminha para maus lençóis.
A situação do PDT é delicada partindo de Brasília, já que o partido não tem direção certa quanto a Federação Partidária (Proposta de mudança eleitoral aplicada neste ano). Com o prazo até dia 31 de Maio, o risco é grande de em última hora o partido feche um péssimo negócio e junte-se a partido pequeno. Isso pode dificultar mais ainda o seu poder de barganha em outro possível governo em 2023, considerando que o candidato a presidente do PDT não decola (Ciro Gomes).
No Maranhão, o partido não é unanime pela decisão de Weverton. PDTistas das antigas já fizeram reunião pública com Brandão, e até mesmo a família do ex-governador Jackson Lago, eleito pelo PDT, pai político do senador, declarou apoio a Carlos Brandão.
O QUE PODE ACONTECER?
Em um hipótese que pode ser considerada, Weverton pode até mesmo chegar em segundo turno, o que já seria uma tarefa extremamente difícil, visto que analistas políticos veem um candidato ligado a direita polarizando com Carlos Brandão, que disputará reeleição apoiado por Lula. Nessa hipótese, Weverton perderia eleição, voltaria para o mandato de senador e sem bancada de deputados estaduais ou federais no MA.
O QUE TAMBÉM NÃO É DESCARTADO
Um acordo pode amenizar e ser caminho para o PDT no Maranhão. Weverton recuando da decisão de ser candidato a todo custo, o governo poderia orientar nomes fortes para filiar-se ao partido, o que poderia garantir mais votos e cadeiras para o partido na Assembleia. Lembrando que isso é somente outra hipótese a ser considerada.
E aí, o senador vai arriscar o tudo ou nada?.